Dr. Allan Roberto e Geovane Leal.

Gerou grande repercussão na cidade uma discussão nas redes sociais entre o polêmico médico e ex-presidente da Câmara Municipal de Pedreiras, Dr. Allan Roberto e o jornalista Geovane Leal do Estúdio S.

O jornalista Geovane Leal, inconformado com algumas postagens dirigidas à sua pessoa e acreditando ter sido vítima de injúria racial, procurou a Delegacia Regional de Pedreiras para registrar um Boletim de Ocorrências contra o médico Allan Roberto.

Já o médico Dr. Allan Roberto emitiu nesta quinta-feira (07) uma nota de esclarecimento na qual ele afirmou que tudo não passou de uma brincadeira pelo fato de ter o jornalista Geovane Leal como seu amigo pessoal há mais de 20 anos e que não teve o propósito de ofender ninguém.

Veja a nota do Dr. Allan

Sempre pautei minha vida e história na luta nos movimentos sociais em defesa dos marginalizados, oprimidos, discriminados, sem vez e sem voz na sociedade. 

Uma aliança de tucum trago desde os meus 16 anos em meu dedo anular esquerdo simbolizando meu compromisso com os fracos e oprimidos da sociedade. 

Sou de origem muito humilde, filho de um negro lavrador, neto de negro, irmão de negro, tio de negra, pai de negro e esposo de negra; e dos muitos movimentos sociais que já militei, entre eles também já estive ombreado com os movimentos negros e de outras minorias. 

Me surpreendi quando nessa semana, ao brincar num grupo de WhattsApp com a negritude de um dileto e admirado amigo, pessoal e profissionalmente, este entendeu minha brincadeira como injúria racial e,  intempestivamente, registrou Boletim de Ocorrência para me penalizar criminalmente por tanto. Ora, quem sou eu com toda a minha história de vida e origem para injuriar um negro??? 

Não entrarei em detalhes da vida pessoal do jornalista Geovane Leal Rosa que me fazem entender e até perdoar tal ato de sua parte. Porém, reitero perante toda a sociedade que jamais tive a intenção de humilhá-lo, injuriá-lo ou cometer crimes contra sua pessoa. 

Nossa relação amigável,  respeitosa e colaboradora mútua remontam há 20 anos e não justifica nem comporta tal situação. 

Deixo a decisão da continuidade da questão policial e judicial para o arbítrio dele, mas perante a sociedade me justifico da falta de propósito de minha parte em cometer tal desatino.
Estou à disposição da imprensa, dos organismos de defesa dos movimentos negros, da polícia e da justiça para contribuir para o melhor desfecho desse triste imbróglio. 

E se a Justiça entender que cometi crime, mesmo sem eu ter tido dolo, confio nas instituições do meu país e estou disposto a pagar a pena determinada pela lei.
Lutar sempre!
Desistir da luta, jamais!

Allan Roberto Costa Silva - Cidadão Pedreirense.













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