Bolsonaro anuncia 13º do Bolsa Familia.
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Foto: Reprodução. |
Promessa de campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro assinou
hoje (15) a medida provisória (MP) que oficializa o pagamento da 13ª
parcela do Bolsa Família a todos os beneficiários do programa.
O
adicional será pago em cerca de 60 dias, junto com o benefício de
dezembro, e totaliza uma injeção extra de R$ 2,58 bilhões na economia.
"Nós sabemos que pode ser até pouco para quem recebe, mas pelo que
eles têm, é muito bem-vindo esse recurso", afirmou o presidente em um
breve discurso na cerimônia de assinatura da MP, no Palácio do Planalto.
Ministros, parlamentares e outras autoridades estavam presentes.
Segundo Bolsonaro, a ideia de ampliar o número de parcelas pagas pelo
Bolsa Família surgiu durante a campanha eleitoral, quando começaram a
circular boatos de que ele acabaria com o programa, caso fosse
eleito.
"Uma iniciativa bastante desesperada da oposição, que começou a
pregar, em todo o Brasil, em especial no Nordeste, que nós acabaríamos
com o programa Bolsa Família. Então, para mostrarmos que nós não
estávamos contra esse programa, e queríamos ajudar os pobres mesmo
sabendo que o bom programa social é aquele que sai mais gente do que
entra", acrescentou.
O Bolsa Família atende atualmente cerca de 13,5 milhões de famílias
que vivem em situação de extrema pobreza, com renda per capita de até R$
89 mensais, e de pobreza, com renda entre R$ 89,01 e R$ 178 mensais por
membro. O benefício médio pago a cada família é de R$ 189,21.
A MP assinada por Bolsonaro entra em vigor de forma imediata, mas
precisará ser confirmada pelo Congresso Nacional em até 60 dias. Para o
ministro da Cidadania, Osmar Terra, é "praticamente impossível" que a
medida não seja aprovada pelos parlamentares, por causa do apelo que tem
no combate à miséria.
Em entrevista, ele explicou que o recurso extra
do décimo terceiro não estava previsto no Orçamento de 2019, e que, por
isso, houve a necessidade da edição da MP. "A partir do ano que vem, na
própria previsão do Orçamento já vai estar colocada essa questão do
décimo terceiro, e daqui pra frente vai ter essa parcela", explicou.
Para viabilizar o recurso extra do Bolsa Família, Osmar Terra disse
que o governo economizou principalmente com o cancelamento de benefícios
de usuários que não preenchiam os requisitos do programa. "O que nós
fizemos foi um cruzamento de dados, na base de dados, que mostrou que
muita gente estava ganhando Bolsa Família sem precisar e aí houve uma
redução, saiu um número importante de famílias e entraram famílias que
não estavam recebendo", disse.
Ainda segundo o ministro, entre 2015 até
este ano, o número de beneficiários do programa foi reduzido de quase 17
milhões para os atuais 13,5 milhões. "O dinheiro vem do que nós
economizamos com o pente-fino e uma ou outra coisa de repasse de outras
áreas", acrescentou.
Fonte: Agência Brasil
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